Edna, não estive em Lima, mas sobre Cusco e Machu Picchu posso compartilhar, com você e com os outros leitores, o seguinte:
Cusco
Como eu disse aqui, Cusco é uma cidade bastante movimentada e verdadeiramente encantadora. Além de andar por suas ruas e curtir as várias pracinhas, algo que não se pode deixar de fazer é passar algumas horas na Plaza de Armas observando o constante ir e vir de turistas e da população local. Aliás, mesmo que não houvesse qualquer ser vivo andando por ali, por si só a Plaza já valeria a contemplação. Alguns poderão achar um exagero, mas eu e o Carlos somos tão apaixonados por ela que chegamos a compará-la à Praça da Cidade Velha de Praga, que é, na nossa opinião, uma das mais espetaculares do mundo. Obviamente são arquiteturas, cores e energias completamente distintas, mas ambas são, cada uma à sua maneira, de babar.
Também é quase um pecado ir ao Peru e não provar uma Cusqueña, a deliciosa cerveja produzida em Cusco. Chegamos a experimentar outras marcas enquanto estivemos lá, mas a Cusqueña é a nossa eleita. Para acompanhar a cerveja, nada melhor que um ceviche (o peruano traz acompanhamentos como milho e batata doce e é bem diferente do chileno) bem apimentadinho. O que você vê na foto abaixo é do Makayla, um dos bares/restaurantes que circundam a Plaza de Armas e que acabou angariando o primeiro lugar nas nossas listas de melhor garçom/atendimento e conforto (banheiros devidamente limpos são uma exceção no Peru e os do Makayla surpreenderam no quesito limpeza).
Outro lugar bacana para curtir a vista da Plaza de Armas ao sabor de um café, bebidinha ou infusão é o Trotamundos, em cujo interior há uma lareira que torna o ambiente ainda mais aconchegante e uma sala com computadores com acesso à internet (cinquenta centavos - de nuevos soles - a meia hora). Sempre que precisávamos de um cyber café, era para lá que corríamos.
Para encerrar o assunto comidinhas, se você estiver precisando apenas fazer um lanchinho rápido, recomendo a padaria El Buen Pastor, localizada na Cuesta San Blas 575.
Obviamente, os atrativos da mais antiga cidade continuamente habitada das Américas não ficam só nas caminhadas pelas suas ruas, comidinhas e bebidinhas; há vários museus em Cusco e, na minha opinião e na do Carlos, o mais legal deles é o Museo Inka, que vale muito a visita. A entrada não está incluída no Boleto Turístico de que falarei mais adiante e custa dez nuevos soles.
Museo Inka
Mas, imperdível mesmo é o Qorikancha, que, no passado, foi o templo mais rico do Império Inca. Aqui, vale uma anotação sobre guias turísticos: não costumo fazer visitas acompanhadas por eles, mas, em Cusco, a presença dos guias é onipresente; contudo, eles são bem interessantes e suas informações diferem razoalmente do padrão (história "oficial" e coisas do gênero). Tendo em vista a importância histórica do Qorikancha, fique atento às explicações do seu guia; o Edgar, o nosso, era praticamente um rebelde disfarçado e nós ficamos bem felizes com a visita guiada. A entrada para o Qorikancha também não faz parte do Boleto Turístico e custa dez nuevos soles (segundo o Edgar, os padres que administram o Convento de Santo Domingo del Cusco, cujas bases são formadas pelo antigo templo Inca, retiraram o ingresso do pacote composto pelo Boleto Turístico; ainda de acordo com o Edgar, há poucos meses, a entrada custava dois nuevos soles).
Interior do Qorikancha
Ops, mas Cusco não se encerra em Cusco! Os arredores são um dos pontos altos da viagem e a visita aos vários sítios arqueológicos das redondezas é obrigatória.
Para entrar neles, você terá que adquirir o Boleto Turistico del Cusco, que compreende também a entrada para outras atrações na cidade, como alguns dos seus museus. O Boleto é vendido na Oficina Ejecutiva del Comité, nos fundos da Municipalidad del Cusco (Av El Sol 103) e custa cento e trinta nuevos soles.
Museo de Sitio del Qorikancha
Museo Municipal de Arte Contemporaneo
Feira de Artesanato de Pisac
Pisac
Detalhe: ao contratar os passeios, deixe claro que é brasileira(o), pois o próprio funcionário da agência disse que, casos fôssemos europeus ou americanos, eles cobrariam quinze dólares e não quinze nuevos soles pelo passeio de meio dia. O outro passeio, que durou o dia todo e com o qual fomos a lugares mais distantes, custou vinte e cinco nuevos soles.
Machu Picchu
Sobre Machu Picchu, Edna, creio que, por enquanto, o que eu tenho a dizer está aqui e aqui. O resto você verá com seus próprios olhos e, juro, não irá se arrepender.
A única ressalva é: caso você queira muito estar lá antes do local ficar cheio de turistas, terá que dormir em Aguas Calientes e pegar o ônibus cedinho para Machu Picchu. Do contrário, junto com você haverá muitas outras pessoas. No nosso caso, fomos de trem e estivemos lá no horário de maior movimento, o que, francamente, não chegou a ser ruim.
Desejo a você e a sua amiga uma excelente viagem!
P.S. As fotos deste post são minhas.
Camila, também adorei o Inka fe. E Cusco é uma cidade deliciosa, né? Eu ficava horas na Plaza de Armas, apenas vendo as pessoas e o tempo passarem...
ResponderExcluirCamila,
ResponderExcluirCusco é demais e, na minha opinião, todo aquele movimento faz a cidade ficar ainda mais gostosa.
E o que significa aquela torta de chocolate do Inka... fe? Dias depois de voltar a gente ainda lembrava dela e ficava com água na boca! :)